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PINOS E CAVILHAS

 

 

 

 

 

        Os pinos e cavilhas têm a finalidade de alinhar ou fixar os elementos de máquinas, permitindo uniões mecânicas, ou seja, uniões em que se juntam duas ou mais peças, estabelecendo, assim, conexão entre elas.

Veja os exemplos:

 

As cavilhas, também, são chamados pinos estriados, pinos entalhados, pinos ranhurados ou, ainda, rebite entalhado. A diferenciação entre pinos e cavilhas leva em conta o formato dos elementos e suas aplicações.

 

Por exemplo, pinos são usados para junções de peças que se articulam entre si e cavilhas são utilizadas em conjuntos sem articulações; indicando pinos com entalhes externos na sua superfície.

 

Esses entalhes é que fazem com que o conjunto não se movimente. A forma e o comprimento dos entalhes determinam os tipos de cavilha.

 

Pinos e cavilhas se diferenciam pelos seguintes fatores:

 

utilização

forma

tolerâncias de medida

acabamento superficial

material

tratamento térmico  

 

 

Pinos

 

Os pinos são usados em junções resistentes a vibrações. Há vários tipos de pino, segundo sua função.

 

 

 

TIPO

FUNÇÃO

Pino cônico

Ação de centragem

Pino cônico com haste roscada

A ação de retirada do pino de furos cegos é facilitada por um simples aperto de porca

Pino cilíndrico

Requer um furo de tolerâncias rigorosas e é utilizado quando são aplicadas as forças cortantes.

Pino elástico ou pino tubular partido

Apresenta elevada resistência ao corte e pode ser assentados em furos, com variação de diâmetro considerável.

 

Pino de guia

Serve para alinhar elementos de máquinas. a distância entre os pinos deve ser bem calculada para evitar o risco de ruptura.

 

 

       Para especificar pinos e cavilhas deve-se levar em conta seu diâmetro nominal, seu comprimento e função do pino, indicada pela respectiva norma.

 

        Exemplo: Um pino de diâmetro nominal de 15 mm, com comprimento de 20 mm, a ser utilizado como pino cilíndrico, é designado: pino cônico: 10 x 60 DIN 1.

 

 

 

Cavilha

 

       A cavilha é uma peça cilíndrica, fabricada em aço, cuja superfície externa recebe três entalhes que formam ressaltos. A forma e o comprimento dos entalhes determinam os tipos de cavilha. Sua fixação é feita diretamente no furo aberto por broca, dispensando-se o acabamento e a precisão do furo alargado. 

 

 

 

 

Cupilha ou contrapino

 

   

           Cupilha é um arame de secção semi-circular, dobrado de modo a formar um corpo cilíndrico e uma cabeça

 

     Sua função principal é a de travar outros elementos de máquinas como porcas.

 

Pino cupilhado

 

Nesse caso, não entra no eixo, mas no próprio pino. O pino cupilhado é utilizado como eixo curto para uniões articuladas ou para suportar rodas, polias, cabos, etc.

 

 

 

 

 

 

Anéis Elásticos

 

            O anel elástico é um elemento usado em eixos ou furos, tendo como principais funções:

 

            Evitar deslocamento axial de peças ou componentes.

      

            Posicionar ou limitar o curso de uma peça ou conjunto deslizante sobre o eixo.

 

            Deslocamento axial é o movimento no sentido longitudinal do eixo

 

 

Material de fabricação e forma

 

           Fabricado de aço-mola, tem a forma de anel incompleto, que se aloja em um canal circular construído conforme normalização. Aplicação: para eixos com diâmetro entre 4 e 1.000mm. Externo • Norma DIN 471.

 

     Aplicação: para furos com diâmetro entre 9,5 e 1.000mm. Norma DIN 472.

         Aplicação: Em eixos com diâmetro entre 8 e 24mm. Trabalha externamente. Norma DIN 6799.

 

        Deslocamento axial é o movimento no sentido longitudinal do eixo.

         Aplicação: para eixos com diâmetro entre 4 e 390mm para rolamentos.

         Anéis de seção circular Aplicação: para pequenos esforços axiais.

 

Na utilização dos anéis, alguns pontos importantes devem ser observados:

 

A dureza do anel deve ser adequada aos elementos que trabalham com ele.

 

                        Se o anel apresentar alguma falha, pode ser devido a defeitos de fabricação ou condições de operação.

 

As condições de operação são caracterizadas por meio de vibrações, impacto, flexão, alta temperatura ou atrito excessivo.

 

Um projeto pode estar errado: previa, por exemplo, esforços estáticos, mas as condições de trabalho geraram esforços dinâmicos, fazendo com que o anel apresentasse problemas que dificultaram seu alojamento.

 

A igualdade de pressão em volta da canaleta assegura aderência e resistência. O anel nunca deve estar solto, mas alojado no fundo da canaleta, com certa pressão.

 

A superfície do anel deve estar livre de rebarbas, fissuras e oxidações.

 

Em aplicações sujeitas à corrosão, os anéis devem receber tratamento anti-corrosivo adequado.

Dimensionamento correto da anel e do alojamento.

Em casos de anéis de seção circular, utilizá-los apenas uma vez.

Utilizar ferramentas adequadas para evitar que o anel fique torto ou receba esforços exagerados.

Montar o anel com a abertura apontando para esforços menores, quando possível.

Nunca substituir um anel normalizado por um “equivalente”, feito de chapa ou arame sem critérios.

 

 

          Para que esses anéis não sejam montados de forma incorreta, é necessário o uso de ferramentas adequadas, no caso, alicates.

       Vejamos alguns tipos de alicate:

 

Guias

 

A guia tem a função de manter a direção de uma peça em movimento. Por exemplo, numa janela corrediça, seu movimento de abrir e de fechar é feito dentro de trilhos. Esses trilhos evitam que o movimento saia da direção.

 

         A guia tem a mesma função desses trilhos.

 

        Numa máquina industrial, como uma serra de fita, a guia assegura a direção da trajetória da serra. Geralmente, usa se mais de uma guia em máquinas. Normalmente, se usa um conjunto de guias com perfis variados, que se denomina barramento.  Existem vários tipos de barramento, conforme a função que ele exerce.

 

        Para ficar clara sua descrição, apresentamos, como exemplo, a ilustração de uma porta corrediça do box de um banheiro.

 

 

          Tipos

 

          No caso de se desejar movimento retilíneo, geralmente são usadas guias constituídas de peças cilíndricas ou prismáticas.           Essas peças deslizam dentro de outra peça com forma geométrica semelhante, conforme ilustrações.

 

 

 

          As guias podem ser abertas ou fechadas, como pode ser visto nas ilustrações a seguir

Guia prismática aberta    -    Guia fechada–rabo de andorinha

                       

Classificação

 

As guias classificam-se em dois grupos: guias de deslizamento e de rolamento.

 

As guias de deslizamento apresentam-se, geralmente, nas seguintes formas:

                                                      

                                               formas cilíndricas - par de faces paralelas   -   rabo de andorinh     -    guia prismática em  V

 

Em máquinas operatrizes são empregadas combinações de vários perfis de guias de deslizamentos, conhecidos como barramento. O quadro a seguir apresenta alguns perfis combinados e sua aplicação.

 

 

Réguas de ajuste

 

Quando uma ou mais peças se movimentam apoiadas em guias, as superfícies entram em contato por atrito. Com o passar do tempo, o movimento vai provocando desgaste das superfícies dando origem a folga no sistema, mesmo que ele seja sempre lubrificado.

       

 Para evitar que essa folga prejudique a precisão do movimento, é preciso que ela seja compensada por meio de réguas de ajuste. As réguas têm perfil variado, de acordo com a dimensão da folga.

 

 

 

 

            De modo geral, as guias são lubrificadas com óleo, que é introduzido entre as superfícies em contato por meio de ranhuras ou canais de lubrificação. O óleo deve ocorrer pelas ranhuras de modo que atinja toda a extensão da pista e forme uma película lubrificante.         Essas ranhuras são feitas sempre na pista da peça móvel, conforme mostram as ilustrações.

 

 

 

Nas máquinas de grande porte é usada a guia hidrostática.

 

Molas

 

São diversas as funções das molas. Observe, por exemplo, nas ilustrações, sua função na prancha de um trampolim.

 

São as molas que permitem ao mergulhador elevar-se, sob impulso, para o salto do mergulho.

 

A movimentação do mergulhador se deve à elasticidade das molas.

 

Peças fixadas entre si com elementos elásticos podem ser deslocadas sem sofrerem alterações. Assim, as molas são muito usadas como componentes de fixação elástica. Elas sofrem deformação quando recebem a ação de alguma força, mas voltam ao estado normal, ou seja, ao repouso, quando a força pára.

 

As uniões elásticas são usadas para amortecer choques, reduzir ou absorver vibrações e para tornar possível o retorno de um componente mecânico à sua posição primitiva. Com certeza, você conhece muitos casos em que se empregam molas como, por exemplo, estofamentos, fechaduras, válvulas de descarga, suspensão de automóvel, relógios, brinquedos.

 

 

 

Formas de uso

 

As molas são usadas, principalmente, nos casos de armazenamento de energia, amortecimento de choques, distribuição de cargas, limitação de vazão, preservação de junções ou contatos.

 

Armazenamento de energia

 

Nesse caso, as molas são utilizadas para acionar mecanismos de relógios, de brinquedos, de retrocesso das válvulas de descarga e aparelhos de controle.

 

Amortecimento de choques

 

As molas amortecem choques em suspensão e pára-choques de veículos, em acoplamento de eixos e na proteção de instrumentos delicados ou sensíveis.

 

Distribuição de cargas.

 

As molas distribuem cargas em estofamento de poltronas, colchões, estrados de camas e veículos em que, por meio de molas, a carga pode ser distribuída pelas rodas.

 

Limitação de vazão

 

As molas regulam a vazão de água em válvulas e registros e a vazão de gás em bujões ou outros recipientes.

 

           Preservação de junções ou contatos

 

           Nesse caso, a função das molas é a de preservar peças articuladas, alavancas de contato, vedações, etc. que estejam em movimento ou sujeitas a desgastes.

 

           Ainda, as molas têm a função especial de manter o carvão de um coletor sob pressão.

 

 

Tipos de mola

 

            Os diversos tipos de molas podem ser classificados quanto à sua forma geométrica ou segundo o modo como resistem aos esforços.

 

            Quanto à forma geométrica, as molas podem ser helicoidais (forma de hélice) ou planas.

 

 

MOLAS HELICOIDAIS

 

MOLAS PLANAS

 

        

 

          Quanto ao esforço que suportam, as molas podem ser tração, de compressão ou de torção.

 

Molas helicoidais

MOLA DE TRAÇÃO

 

MOLA DE COMPRESSÃO

 

MOLA DE TORÇÃO

 

 

           A mola helicoidal é a mais usada em mecânica. Em geral, ela é feita de barra de aço enrolada em forma de hélice cilíndrica ou cônica. A barra de aço pode ter seção retangular, circular, quadrada, etc. em geral, a mola helicoidal é enrolada à direita.

 

           Quando a mola helicoidal for enrolada à esquerda, o sentido da hélice deve ser indicado no desenho.

 

MOLA HELICOIDAL À DIREITA

 

MOLA HELICOIDAL  À ESQUERDA

 

As molas helicoidais podem funcionar por compressão, por tração ou por torção.

 

A mola helicoidal de compressão é formada por espirais. Quando esta mola é comprimida por alguma força, o espaço entre as espiras diminui, tornando menor o comprimento da mola.

 

 

         

          Você pode ver a aplicação de uma mola helicoidal de compressão observando um furador de papéis.

 

         

 

 

         A mola helicoidal de tração possui ganchos nas estremidades, além das espiras.

         Os ganchos são também chamados de olhais.Para a mola helicoidal de tração desempenhar sua função, deve ser esticada, aumentando seu comprimento. Em estado de repouso, ela volta ao seu comprimento normal.

 

           A mola helicoidal de tração tem dois braços de alavancas, além das espiras.

           Veja um exemplo de mola de torção na figura à esquerda, e à direita, a aplicação da mola num pregador de roupas.

 

 

 

 

          Agora veja exemplos de molas helicoidais cônicas e suas aplicações em utensílios diversos.

 

 

      Mola plana simples

 

Mola prato

 

             Feixe de molas

Mola espiral

Molas planas

 

 

As molas planas são feitas de material plano ou em fita. As molas planas podem ser simples, prato, feixe de molas e espiral.


Observe a ilustração da mola plana simples.

 

          Esse tipo de mola é empregado somente para algumas cargas. Em geral, essa mola é fixa numa extremidade e livre na outra. Quando sofre a ação de uma força, a mola é flexionada em direção oposta.

          Veja agora a mola prato. Essa mola tem a forma de um tronco de cone com paredes de seção retangular.

 

 

Em geral, as molas prato funcionam associadas entre si, empilhadas, formando colunas. O arranjo das molas nas colunas depende da necessidade que se tem em vista.

   

As características das molas prato são:

 

De: diâmetro externo da mola;

 

Di: diâmetro interno da mola;

 

H: comprimento da mola;

 

h: comprimento do tronco interno da mola;

 

e: espessura da mola.

 

Material de fabricação

 

As molas podem ser feitas com os seguintes materiais: aço, latão, cobre, bronze, borracha, madeira, plastiprene, etc:

 

As molas de borracha e de arame de aço com pequenos diâmetros, solicitados a tração, apresentam a vantagem de constituírem elementos com menor peso e volume em relação à energia armazenada. Para conservar certas propriedades das molas – elásticas, magnéticas; resistência ao calor e à corrosão – deve-se usar aços-liga e bronze especiais ou revestimento de proteção.

 

Os aços molas devem apresentar as seguintes características: alto limite de elasticidade, grande resistência, alto limite de fadiga.

 

Quando as solicitações são leves, usam-se aços-carbono – ABNT 1070 ou ABNT 1095.

 

As molas destinadas a trabalhos em ambientes corrosivos com grande variação de temperaturas são feitas de metal monel (33% CU – 67%Ni) ou aço inoxidável.

 

Os aços-liga apresentam a vantagem de se adequarem melhor a qualquer temperatura, sendo particularmente úteis no caso de molas de grandes dimensões.

 

          As molas de borracha são utilizadas em fundações, especialmente como amortecedores de vibrações e ruídos e em suspensão de veículos.

 

MOLAS DE BORRACHA E PLASTIPRENE

 

          As molas de lâmina (feixe de molas) e de barra de torção requerem espaços de pequena altura (veículos).

 

          As molas espirais (de relógios) e de prato podem ser montadas em espaços estreitos.

 

          As molas de lâmina, de prato, helicoidal de prato e de borracha dispendem pouca quantidade de energia por atrito.

 

FABRICADO UMA MOLA

 

FABRICADO UMA MOLA

 

  

 

VEDAÇÃO

 

Vedação é o processo usado para impedir a passagem, de maneira estática ou dinâmica, de líquidos, gases e sólidos particulados (pó) de um meio para outro. Por exemplo, consideremos uma garrafa de refrigerante lacrada. A tampinha em si não é capaz de vedar a garrafa.

 

É necessário um elemento contraposto entre a tampinha e a garrafa de refrigerante impedindo a passagem do refrigerante para o exterior e não permitindo que substâncias existentes no exterior entrem na garrafa.

 

Os elementos de vedação atuam de maneira diversificada e são específicos para cada tipo de atuação. Exemplos: tampas, bombas, eixos, cabeçotes de motores, válvulas etc.

 

É importante que o material do vedador seja compatível com o produto a ser vedado, para que não ocorra uma reação química entre eles. Se houver reação química entre o vedador e o produto a ser vedado, poderá ocorrer vazamento e contaminação do produto.

 

Um vazamento, em termos industriais, pode parar uma máquina e causar contaminações do produto que, conseqüentemente, deixará de ser comercializado, resultando em prejuízo à empresa.

 

Elementos de vedação

 

Os materiais usados como elementos de vedação são: juntas de borracha, papelão, velumóide, anéis de borracha ou metálicos, juntas metálicas, retentores, gaxetas, selos mecânicos etc.

 

Juntas de borracha

 

São vedações empregadas em partes estáticas, muito usadas em equipamentos, flanges etc. Podem ser fabricadas com materiais em forma de manta e ter uma camada interna de lona (borracha lonada) ou materiais com outro formato.

 

 

Anéis de borracha (ring)

 

São vedadores usados em partes estáticas ou dinâmicas de máquinas ou equipamentos.

 

Estes vedadores podem ser comprados nas dimensões e perfis padronizados ou confeccionados colando-se, com adesivo apropriado, as pontas de um fio de borracha com secção redonda, quadrada ou retangular. A vantagem do anel padronizado é que nele não existe a linha de colagem, que pode ocasionar vazamento.

 

Os anéis de borracha ou anéis da linha ring são bastante utilizados em vedações dinâmicas de cilindros hidráulicos e pneumáticos que operam à baixa velocidade.

 

Juntas de papelão

 

São empregadas em partes estáticas de máquinas ou equipamentos como, por exemplo, nas tampas de caixas de engrenagens. Esse tipo de junta pode ser comprada pronta ou confeccionada conforme o formato da peça que vai utilizá-la.

 

Juntas metálicas

 

São destinadas à vedação de equipamentos que operam com altas pressões e altas temperaturas. São geralmente fabricadas em aço de baixo teor de carbono, em alumínio, cobre ou chumbo. São normalmente aplicadas em flanges de grande aperto ou de aperto limitado.

 

Juntas de teflon

 

Material empregado na vedação de produtos como óleo, ar e água. As juntas de teflon suportam temperaturas de até 260°C.

 

Juntas de amianto

 

Material empregado na vedação de fornos e outros equipamentos. O amianto suporta elevadas temperaturas e ataques químicos de muitos produtos corrosivos.

 

Juntas de cortiça

 

Material empregado em vedações estáticas de produtos como óleo, ar e água submetidos a baixas pressões. As juntas de cortiça são muito utilizadas nas vedações de tampas de cárter, em caixas de engrenagens etc.

 

Retentores

 

O vedador de lábio, também conhecido pelo nome de retentor, é composto essencialmente por uma membrana elastomérica em forma de lábio e uma parte estrutural metálica semelhante a uma mola que permite sua fixação na posição correta de trabalho. A função primordial de um retentor é reter óleo, graxa e outros produtos que devem ser mantidos no interior de uma máquina ou equipamento.

 

 

           O retentor é sempre aplicado entre duas peças que executam movimentos relativos entre si, suportando variações de temperatura.

 

           A figura a seguir mostra um retentor entre um mancal e um eixo.

 

          Elementos de um retentor básico

 

        Os elementos de um retentor básico encontram-se a seguir. Acompanhe as Legendas pela ilustração.

 

 

          Recomendações para a aplicação dos retentores

         Membrana elastomérica ou lábio

 

        1a – ângulo de ar

      

        1b – aresta de vedação

 

         1c – ânguo de óleo

 

         1d – região de cobertura da mola

 

         1e – alojamento da mola

 

         1f – região interna do lábio

 

         1g – região do engaste do lábio mola de tração região interna do vedador, eventualmente recoberta por material elastomérico anel de reforço metálico ou carcaça cobertura externa elastomérica 5a – borda  5b – chanfro da borda 5c – superfície silíndrica externa  ou diâmetro externo 5d – chanfro das costas 5e – costas

 

 

 

 

 

 

Tipos de perfis de retentores

 

As figuras seguintes mostram os tipos de perfis mais usuais de retentores.

 

Como foi visto, a vedação por retentores se dá através da interferência do lábio sobre o eixo. Esta condição de trabalho provoca atrito e a conseqüente geração de calor na área de contato, o que tende a causar a degeneração do material do retentor, levando o lábio de vedação ao desgaste.

 

Em muitas ocasiões provoca o desgaste no eixo na região de contato com o retentor.

 

Para que um retentor trabalhe de modo eficiente e tenha uma boa durabilidade, a superfície do eixo e o lábio do retentor deverão atender aos seguintes parâmetros:

 

O acabamento da superfície do eixo deve ser obtido por retificação, seguindo os padrões de qualidade exigidos pelo projeto.

 

A superfície de trabalho do lábio do retentor deverá ser isenta de sinais de batidas, sulcos, trincas, falhas de material, deformação e oxidação.

 

A dureza do eixo, no local de trabalho do lábio do retentor, deverá estar acima de 28 HRC.

 

Condições de armazenagem dos retentores

 

Durante o período de armazenamento, os retentores deverão ser mantidos nas próprias embalagens. A temperatura ambiente deverá permanecer entre 10°C e 40°C. Manipulações desnecessárias deverão ser evitadas para preservar os retentores de danos e deformações acidentais. Cuidados especiais precisam ser observados quanto aos lábios dos retentores, especialmente quando eles tiverem que ser retirados das embalagens.

 

Pré-lubrificação dos retentores

 

Recomenda-se pré-lubrificar os retentores na hora da montagem. A pré- lubrificação favorece uma instalação perfeita do retentor no alojamento e mantém uma lubrificação inicial no lábio durante os primeiros giros do eixo.O fluido a ser utilizado na pré-lubrificação deverá ser o mesmo fluido a serutilizado no sistema, e é preciso que esteja isento de contaminações.

 

Cuidados na montagem do retentor no alojamento

 

A montagem do retentor no alojamento deverá ser efetuada com o auxílio de prensa mecânica, hidráulica e um dispositivo que garanta o perfeito esquadrejamento do retentor dentro do alojamento. A superfície de apoio do dispositivo e o retentor deverão ter diâmetros próximos para que o retentor não venha a sofrer danos durante a prensagem. O dispositivo não poderá, de forma alguma, danificar o lábio de vedação do retentor.

 

Montagem do retentor no eixo

 

Os cantos do eixo devem ter chanfros entre 15° e 25° para facilitar a entrada do retentor. Não sendo possível chanfrar ou arredondar os cantos, ou o retentor ter de passar obrigatoriamente por regiões com roscas, ranhuras, entalhes ou outras irregularidades, recomenda-se o uso de uma luva de proteção para o lábio. O diâmetro da luva deverá ser compatível, de forma tal que o lábio não venha a sofrer deformações.

 

Cuidados na substituição do retentor

 

Sempre que houver desmontagem do conjunto que implique desmontagemdo retentor ou do seu eixo de trabalho, recomenda-se substituir o retentor por um novo. Quando um retentor for trocado, mantendo-se o eixo, o lábio do novo retentor não deverá trabalhar no sulco deixado pelo retentor velho.

 

Riscos, sulcos, rebarbas, oxidação e elementos estranhos devem ser evitados para não danificar o retentor ou acarretar vazamento. Muitas vezes, por imperfeições no alojamento, usam-se adesivos (colas) para garantir a estanqueidade entre o alojamento e o retentor. Nessa situação, deve-se cuidar para que o adesivo não atinja o lábio do retentor, pois isso comprometeria seu desempenho.

 

Gaxetas.

 

Gaxetas são elementos mecânicos utilizados para vedar a passagem de um fluxo de fluido de um local para outro, de forma total ou parcial. Os materiais usados na fabricação de gaxetas são: algodão, juta, asbesto (amianto), náilon, teflon, borracha, alumínio, latão e cobre. A esses materiais são aglutinados outros, tais como: óleo, sebo, graxa, silicone, grafite, mica etc.

 

A função desses outros materiais que são aglutinados às gaxetas é torná-las autolubrificadas. Em algumas situações, o fluxo de fluido não deve ser totalmente vedado, pois é necessária uma passagem mínima de fluido com a finalidade de auxiliar a lubrificação entre o eixo rotativo e a própria gaxeta. A este tipo de trabalho dá-se o nome de restringimento restringimento.

 

O restringimento é aplicado, por exemplo, quando se trabalha com bomba centrífuga de alta velocidade. Nesse tipo de bomba, o calor gerado pelo atrito entre a gaxeta e o eixo rotativo é muito elevado e, sendo elevado, exige uma saída controlada de fluido para minimizar o provável desgaste.

 

A caixa de gaxeta mais simples apresenta um cilindro oco onde ficam alojados vários anéis de gaxeta, pressionados por uma peça chamada sobreposta sobreposta. A função dessa peça é manter a gaxeta alojada entre a caixa e o eixo, sob pressão conveniente para o trabalho.

 

 

           A seguir mostramos gaxetas alojadas entre um eixo e um mancal e a sobreposta.

 

As gaxetas são fabricadas em forma de cordas para serem recortadas ou em anéis já prontos para a montagem.

 

Seleção da gaxeta

 

A escolha da gaxeta adequada para cada tipo de trabalho deve ser feita com base em dados fornecidos pelos catálogos dos fabricantes. No entanto, os seguintes dados deverão ser levados em consideração:

 

 

Material utilizado na confecção da gaxeta;

 

Dimensões da caixa de gaxeta;

 

Fluido líquido ou gasoso bombeado pela máquina;

 

Temperatura e pressão dentro da caixa de gaxeta;

 

Tipo de movimento da bomba (rotativo/alternativo);

 

Material utilizado na construção do eixo ou da haste;

 

Ciclos de trabalho da máquina;

 

Condições especiais da bomba:

 

Alta ou baixa temperatura;

 

Local de trabalho (submerso ou não); meio (ácido, básico, salino) a que se encontra exposta.

 

 

Selo Mecânico

 

O selo mecânico é um vedador de pressão que utiliza princípios hidráulicos para reter fluidos. A vedação exercida pelo selo mecânico se processa em dois momentos: a vedação principal e a secundária.

 

ADESIVOS

 

VEDAÇÃO PRINCIPAL

 

A vedação principal é feita num plano perpendicular ao eixo por meio do contato deslizante entre as faces altamente polidas de duas peças, geralmente chamadas de sede e anel de selagem selagem. A sede é estacionária e fica conectada numa parte sobreposta. O anel de selagem é fixado ao eixo e gira com ele.

 

Para que as faces do anel de selagem e da sede permaneçam sempre em contato e pressionadas, utilizam-se molas helicoidais conectadas ao anel de selagem.

 

 

          As figuras a seguir mostram alguns tipos de sedes e de anéis de selagem, bem como um selo mecânico em corte.

Uso do selo mecânco

 

 

          Os selos mecânicos são utilizados com vantagens em relação às gaxetas, pois não permitem vazamentos e podem trabalhar sob grandes velocidades e em temperaturas e pressões elevadas, sem apresentarem desgastes consideráveis.

 

          Eles permitem a vedação de produtos tóxicos e inflamáveis.

 

           A figura a seguir mostra exemplo de selo mecânico em corte.

 

Vantagens do selo mecânico

 

Reduz o atrito entre o eixo da bomba e o elemento de vedação reduzindo, conseqüentemente, a perda de potência.

 

Elimina o desgaste prematuro do eixo e da bucha.

 

A vazão ou fuga do produto em operação é mínima ou imperceptível.

 

Permite operar fluidos tóxicos, corrosivos ou inflamáveis com segurança.

 

Tem capacidade de absorver o jogo e a deflexão normais do eixo rotativo.

 

 

O selo mecânico é usado em equipamentos de grande importância como bombas de transporte em refinarias de petróleo; bombas de lama bruta nos tratamentos de água e esgoto; bombas de submersão em construções; bombas de fábricas de bebidas; em usinas termoelétricas e nucleares.

 

                       

          Mancais

 

          O mancal pode ser definido como suporte ou guia em que se apóia o eixo.

 

          No ponto de contato entre a superfície do eixo e a superfície do mancal, ocorre atrito.

 

          Dependendo da solicitação de esforços, os mancais podem ser de deslizamento ou de rolamento.

 

                        RECUPERAÇÃO DE ELEMENTOS MECÂNICO.