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Paquímetro: tipos e usos

 

Como a empresa fabricou muitas peças fora das dimensões, o supervisor suspendeu o trabalho e analisou a causa do problema.

Concluiu que a maioria dos profissionais tinha dificuldade em utilizar o paquímetro.

Novamente o supervisor da empresa se viu em apuros, pois ninguém tinha conhecimentos suficientes sobre paquímetro.

Diante da situação, o supervisor decidiu, com o grupo, contratar um especialista para uma explicação sobre paquímetro.

Vamos acompanhar as explicações do especialista?

 

Paquímetro

 

O paquímetro é um instrumento usado para medir as dimensões lineares internas, externas e de profundidade de uma peça.

Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor.

 

1. orelha fixa

8. encosto fixo

2. orelha móvel

9. encosto móvel

3. nônio ou vernier (polegada)

10. bico móvel

4. parafuso de trava

11. nônio ou vernier (milímetro)

5. cursor

12. impulsor

6. escala fixa de polegadas

13. escala fixa de milímetros

7. bico fixo

14. haste de profundidade

 

O cursor ajusta-se à régua e permite sua livre movimentação, com um mínimo de folga.

Ele é dotado de uma escala auxiliar, chamada nônio ou vernier.

Essa escala permite a leitura de frações da menor divisão da escala fixa.

O paquímetro é usado quando a quantidade de peças que se quer medir é pequena.

Os instrumentos mais utilizados apresentam uma resolução de:

As superfícies do paquímetro são planas e polidas, e o instrumento geralmente é feito de aço inoxidável.

Suas graduações são calibradas a 20ºC.

 

 

Tipos e usos

Paquímetro universal

 

É utilizado em medições internas, externas, de profundidade e de ressaltos.

Trata-se do tipo mais usado.

 

 

Paquímetro universal com relógio

 

O relógio acoplado ao cursor facilita a leitura, agilizando a medição.

 

 

Paquímetro com bico móvel (basculante)

 

Empregado para medir peças cônicas ou peças com rebaixos de diâmetros diferentes.

PAQUIMETRO-RELOGIO-MILIMETRO

Paquímetro de profundidade

 

Serve para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos etc.

Esse tipo de paquímetro pode apresentar haste simples ou haste com gancho. Veja a seguir duas situações de uso do paquímetro de profundidade.

 

 

Paquímetro duplo

 

Serve para medir dentes de engrenagens.

 

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Paquímetro digital

Utilizado para leitura rápida, livre de erro de paralaxe, e ideal para controle estatístico.

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Traçador de altura

 

Esse instrumento baseia-se no mesmo princípio de funcionamento do paquímetro, apresentando a escala fixa com cursor na vertical.

É empregado na traçagem de peças, para facilitar o processo de fabricação e, com auxílio de acessórios, no controle dimensional.

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PRINCÍPIO DO NÔNIO

A escala do cursor é chamada de nônio ou vernier, em homenagem ao português Pedro Nunes e ao francês Pierre Vernier, considerados seus inventores

 

O nônio possui uma divisão a mais que a unidade usada na escala fixa.

 

No sistema métrico, existem paquímetros em que o nônio possui dez divisões equivalentes a nove milímetros (9mm).

Há, portanto, uma diferença de 0,1 mm entre o primeiro traço da escala fixa e o primeiro traço da escala móvel.

 

Essa diferença é de 0,2 mm entre o segundo traço de cada escala; de 0,3 mm entre o terceiros traços e assim por diante.

 

 

Cálculo de resolução

 

As diferenças entre a escala fixa e a escala móvel de um paquímetro podem ser calculadas pela sua resolução.

 A resolução é a menor medida que o instrumento oferece. Ela é calculada utilizando-se a seguinte fórmula:

 

PAQUÍMETRO: SISTEMA MÉTRICO

O pessoal da empresa continua recebendo explicações sobre o paquímetro.

Todos passaram a conhecer melhor as funções, os componentes e os tipos de paquímetro.

Mas esse conhecimento só estaria completo se o pessoal soubesse ler medidas no paquímetro.

Por isso o treinamento continuou.

Você sabe ler e interpretar medidas num paquímetro?

É o que vai ser estudado nesta aula.

 

Leitura no sistema métrico

 

Na escala fixa ou principal do paquímetro, a leitura feita antes do zero do nônio corresponde à leitura em milímetro.

Em seguida, você deve contar os traços do nônio até o ponto em que um deles coincidir com um traço da escala fixa.

Depois, você soma o número que leu na escala fixa ao número que leu no nônio.

Para você entender o processo de leitura no paquímetro, são apresentados, a seguir, dois exemplos de leitura.

 

·       Escala em milímetro e nônio com 10 divisões

 

Escala em milímetro e nônio com 20 divisões

 

PAQUIMETRO-NONIO-VERNIER-MILIMETRO-05

 

 

 

 

Agora, teste o que aprendeu nesta aula. Faça os exercícios a seguir e confira suas respostas com as do gabarito.

 

 

PAQUÍMETRO: CONSERVAÇÃO

 

O pessoal da empresa está chegando à quarta aula sobre paquímetro.

Nesta aula, todos vão aprender a usar corretamente o paquímetro, quais os possíveis erros de leitura e quais os cuidados que se deve ter para conservá-lo. Vamos lá?

 

Erros de leitura

 

Além da falta de habilidade do operador, outros fatores podem provocar erros de leitura no  paquímetro, como, por exemplo, a paralaxe e a pressão de medição.

 

Paralaxe

 

PAQUIMETRO-MILIMETRO-02-AUTOAVALIACAO

 

Dependendo do ângulo de visão do operador, pode ocorrer o erro por paralaxe, pois devido a esse ângulo, aparentemente há coincidência entre um traço da escala fixa com outro da móvel.

O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas de construção, normalmente tem uma espessura mínima (a), e é posicionado sobre a escala principal.

Assim, os traços do nônio (TN) são mais elevados que os traços da escala fixa (TM). Colocando o instrumento em posição não perpendicular à vista e estando sobrepostos os traços TN e TM, cada um dos olhos projeta o traço TN em posição oposta, o que ocasiona um erro de leitura.

Para não cometer o erro de paralaxe, é aconselhável que se faça a leitura situando o paquímetro em uma posição perpendicular aos olhos.

 

 

 

 

 

Pressão de medição

 

Já o erro de pressão de medição origina-se no jogo do cursor, controlado por uma mola. Pode ocorrer uma inclinação do cursor em relação à régua, o que altera a medida.

 

 

Para se deslocar com facilidade sobre a régua, o cursor deve estar bem regulado: nem muito preso, nem muito solto.

O operador deve, portanto, regular a mola, adaptando o instrumento à sua mão.

Caso exista uma folga anormal, os parafusos de regulagem da mola devem ser ajustados, girando-os até encostar no fundo e, em seguida, retornando 1/8 de volta aproximadamente.

 Após esse ajuste, o movimento do cursor deve ser suave, porém sem folga.

 

 

Técnica de utilização do paquímetro

 

Para ser usado corretamente, o paquímetro precisa ter:

·       Seus encostos limpos

·       A peça a ser medida deve estar posicionada corretamente entre os encostos.

 

É importante abrir o paquímetro com uma distância maior que a dimensão do objeto a ser medido. O centro do encosto fixo deve ser encostado em uma das extremidades da peça.

 

 

Convém que o paquímetro seja fechado suavemente até que o encosto móvel toque a outra extremidade

 

Feita a leitura da medida, o paquímetro deve ser aberto e a peça retirada, sem que os encostos a toquem.

As recomendações seguintes referem-se à utilização do paquímetro para determinar medidas:

·       Externas;

·       Internas;

·       De profundidade;

·       De ressaltos.

 

 

Nas medidas externas, a peça a ser medida deve ser colocada o mais profundamente possível entre os bicos de medição para evitar qualquer desgaste na ponta dos bicos.

 

Para maior segurança nas medições, as superfícies de medição dos bicos e da peça devem estar bem apoiadas.

 

 

Nas medidas internas, as orelhas precisam ser colocadas o mais profundamente possível.

O paquímetro deve estar sempre paralelo à peça que está sendo medida.

Para maior segurança nas medições de diâmetros internos, as superfícies de medição das orelhas devem coincidir com a linha de centro do furo.

Toma-se, então, a máxima leitura para diâmetros internos e a mínima leitura para faces planas internas. No caso de medidas de profundidade, apóia-se o paquímetro corretamente sobre a peça, evitando que ele fique inclinado.

Nas medidas de ressaltos, coloca-se a parte do paquímetro apropriada para ressaltos perpendicularmente à superfície de referência da peça.

Não se deve usar a haste de profundida- de para esse tipo de medição, porque ela não permite um apoio firme.

 

Conservação

 

·       Manejar o paquímetro sempre com todo cuidado, evitando choques.

·       Não deixar o paquímetro em contato com outras ferramentas, o que pode lhe causar danos.

·       Evitar arranhaduras ou entalhes, pois isso prejudica a graduação.

·       Ao realizar a medição, não pressionar o cursor além do necessário.

·       Limpar e guardar o paquímetro em local apropriado, após sua utilização.