Aterramento
Elétrico
Aterramento
elétrico fixo em Equipamentos
Esse
sistema de proteção coletiva é obrigatório nos invólucros,
carcaças de equipamentos, barreiras e obstáculos aplicados às
instalações elétricas, parte integrante e definitiva delas. Visa assegurar
rápida e efetiva proteção elétrica, assegurando o escoamento da energia para
potenciais inferiores (terra), evitando a passagem da corrente elétrica pelo
corpo do trabalhador ou usuário, caso ocorra mau
funcionamento (ruptura no isolamento, contato acidental de partes). É visível e
muito comum nas subestações, cercas e telas de proteção, carcaças de
transformadores e componentes, quadros e painéis elétricos, torres de transmissão,
etc.
Nos
transformadores, há o terminal de terra conectado ao neutro da rede e ao cabo
de pára-raios.
Aterramento
fixo em redes e linhas
Quando
o neutro está disponível estará ligado ao circuito de aterramento. Neste caso
(frequente) o condutor neutro é aterrado a cada 300m, de modo que nenhum ponto
da rede ou linha fica a mais de 200m de um ponto de aterramento.
Aterramento
fixo em estais
Os
estais de âncora e contra poste são sempre aterrados e conectados ao neutro da
rede se estiver disponível. O condutor de aterramento é instalado internamente
ao poste, sempre que possível.
Aterramento
de veículos
Nas
atividades com linha viva de distribuição, o veículo sempre deve ser aterrado com
grampo de conexão no veículo, grampo no trado e cabo flexível que liga ambos.
Aterramento
Temporário e Equipotencialização
Toda
instalação elétrica somente poderá ser considerada desenergizada
após adotado o procedimento de aterramento elétrico. O
aterramento elétrico da linha desenergizadas tem por função evitar acidentes
gerados pela energização acidental da rede,
propiciando
rápida atuação do sistema automático de seccionamento ou proteção.
Também
tem o objetivo de promover proteção aos trabalhadores contra descargas atmosféricas que
possam interagir ao longo do circuito em intervenção.
O
aterramento temporário deve ser realizado em todos os circuitos (cabos) em
intervenção através de seu curto-circuitamento, ou
seja, da equipotencialização deles (colocar todos os
cabos no mesmo potencial elétrico) e conexão com o ponto de terra.
Esse
procedimento deverá ser adotado a montante (antes) e a jusante (depois) do
ponto de intervenção do circuito, salvo quando a intervenção ocorrer no final
do trecho.
Deve
ser retirado ao final dos serviços.
A
energização acidental pode ser causada por:
•
erros na manobra;
•
fechamento de chave seccionadora;
•
contato acidental com outros circuitos energizados, situados ao longo do
circuito;
•
tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede;
•
fontes de alimentação de terceiros (geradores);
•
linhas de distribuição para operações de manutenção e instalação e colocação de
transformadores;
•
torres e cabos de transmissão nas operações de construção de linhas de transmissão;
•
linhas de transmissão nas operações de substituição de torres ou manutenção de
componentes da linha.
Para
cada situação existe um tipo de aterramento temporário. O mais usado em
trabalhos de manutenção ou instalação nas linhas de distribuição é um conjunto
ou 'Kit' padrão composto pelos seguintes elementos:
•
vara ou bastão de manobra em material isolante e acessórios,
isto é, cabeçotes de manobra;
•
grampos condutores - para conexão do conjunto de aterramento com os pontos a
serem aterrados;
•
trapézio de suspensão - para elevação do conjunto de grampos à linha e conexão
dos cabos de interligação das fases, de material leve e bom
condutor, permitindo perfeita conexão elétrica e mecânica dos cabos de
interligação das fases e descida para terra;
•
trapézio tipo sela - para instalação do ponto intermediário de terra na
estrutura (poste, torre), propiciando o jumpeamento
da área de trabalho e eliminando, praticamente, a diferença de potencial em que
o homem estaria exposto;
•
grampos de terra - para conexão dos demais itens do conjunto com o ponto de
terra, estrutura ou trado;
•
cabos de aterramento de cobre - flexível e isolado;
•
trado ou haste de aterramento - para ligação do conjunto de aterramento com o
solo, deve ser dimensionado para propiciar baixa resistência de terra e boa
área de contato com o solo.
Todo
o conjunto deve ser dimensionado considerando:
-
tensão da rede de distribuição ou linha de transmissão;
-
material da estrutura (poste ou torre);
-
procedimentos de operação.
Nas
subestações, por ocasião da manutenção dos componentes, se conecta os
componentes do aterramento temporário à malha de aterramento fixa,
já existente.

Dispositivos
de Sinalização
A
sinalização é um procedimento de segurança simples e eficiente para prevenir
acidentes de origem elétrica.


Os
materiais de sinalização constituem-se de adesivos, placas, luminosos, fitas de
identificação, cartões, faixas, cavaletes, cones, etc., destinados ao aviso e
advertência de pessoas sobre os riscos ou condições de perigo existentes,
proibições de ingresso ou acesso e cuidados ou ainda aplicados para
identificação dos circuitos ou partes.
É
fundamental a existência de procedimentos de sinalização padronizados,
documentados e que sejam conhecidos por todos trabalhadores (próprios e
prestadores de serviços), especialmente para aplicação em:
•
identificação de circuitos elétricos, de quadros e partes;
•
travamentos e bloqueios de dispositivos de manobra;
•
restrições e impedimentos de acesso;
•
delimitações de áreas;
•
interdição de circulação, de vias públicas.
Outros
Dispositivos
•
Invólucros: envoltórios de partes energizadas destinado a impedir todo e
qualquer contato com partes internas.
•
Barreiras: dispositivos que impedem todo e qualquer contato com partes
energizadas das instalações elétricas.
•
Obstáculos: elementos que impedem o contato acidental, mas não impedem o
contato direto por ação deliberada.